Deusas de Elekô foi parida a partir de um poema de mesmo nome, escrito por mim e inspirado em minhas experiências como Mulher Negra, Filha e Mãe SOLO. A canção emergiu como prece e louvor a Divindade Feminina viva e latente no Ser Mulher para que possamos retomar com mais força e consciência o nosso lugar de protagonismo e potencialidade na criação de nossa própria realidade.
A Deusa Iorubana Obá, Rainha das Águas Revoltas, das cheias, e quedas d’água, ela é o próprio transbordamento do que não pode mais ser contido, ela é o grito e ação de liberdade, seu domínio é a justiça para os castradores do poder feminino, caçadora e guerreira destemida, lidera a sociedade de Elekô que cultua a Ancestralidade Feminina através de ritos de ativação das potência individuais de cada mulher.
Assim como a Deusa Nyahbhing que liderou sua comunidade através da ritualística musical dos tambores sagrados orientando o ritmo, motivando e energizando o espírito e a corporeidade para o combate contra o colonizador, as Deusas que coabitam nosso Ser, são facetas de nós mesmas prontas pra agir, vencer e dançar conosco nossas demandas.
_Bárbara Leoa
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